O “quercus suber” é uma árvore autóctone do sul Europa, sendo Portugal o detentor da maior área destas árvores, como sabemos. De folhas verde escuro brilhantes, é melhor caracterizada pela seu imponente revestimento do tronco e ramos, rugoso amarelo/cinzento, que é a cortiça.
Tal como a oliveira tem uma localização exterior, a pleno sol durante todo o ano. Em zonas ou anos de invernos muito rigorosos, deve ser protegido dos ventos gelados.
Regar abundantemente durante a época de crescimento, mas deixar secar ligeiramente a terra entre regas. No inverno regar moderadamente, mas nunca deixar secar o solo demasiadamente, pois a planta continua a consumir água mesmo durante o repouso vegetativo e continua a desidratar pelas folhas, com a acção do vento.
Adubar bem da primavera até ao outono. Devemos procurar ministrar-lhe micronutrientes sob a forma de quelatos.
O transplante deve ocorrer de dois em dois anos, no início da primavera, com uma mistura de solo composto por akadama, kiryu e turfa, em partes iguais. Simultaneamente com o transplante, devemos efectuar uma poda muito forte e até retirar parte das suas folhas. Também responde bem a fortes podas radiculares.
A poda de formação deve fazer-se no final do Inverno e a de manutenção quando um brote emitiu 6 a 8 pares de folhas.
Pode-se aramar nos ramos novos enquanto não têm cortiça, mas atenção, pois a partir do momento que começam a lenhificar tornam-se quebradiços. Atenção que os ramos tendem a engrossar rapidamente e é necessário evitar vincos.
A maior dificuldade na criação de bonsai de sobreiro, prende-se com o facto de ao aramar estimularmos o aparecimento de gomos ladrões na base dos ramos aramados, os quais por vezes secam a planta.
O método mais fácil para obtermos um bonsai sobreiro é através da plantação das bolotas, mas como facilmente se compreende vai faltar-nos a paciência para esperar. Conseguem-se excelentes exemplares recolhendo na natureza, com uma boa técnica, mas recorda-se que o sobreiro é uma das riquezas naturais da nossa flora e é espécie protegida. Esta recolha na natureza designa-se por Yamadori.